sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ô Alemão...

Um amigo do trabalho me pergunta se consigo encontrar Pedro Rocha, uruguaio que jogou muito no São Paulo no século passado. Como El Verdugo jogou meia dúzia de jogos no Palestra no fim da carreira, dei uma chance pro cara e acionei os bons e (ficando) velhos amigos da faculdade.
A combinação turma da Cásper com jogador de futebol das antigas só podia resultar numa coisa: lembrei do Alemão.
O cara sabia a escalação do time pré-mirim do São Paulo. De 1973! Sabia quantos gols de cabeça o Zico tinha marcado pelo Flamengo. Quantos escanteios o Esquerdinha tinha cobrado pela esquerda, com a perna direita e pela direita, com a perna esquerda. Mais importante que isso: sabia que um ex-jogador do Lyon tinha tido um affair (ah, vá lá estamos num blog para adultos) comido a Edith Piaff. Até hoje minha maior crise de riso foi quando ele soltou essa no meio de uma aula. Eu e mais uns três ou quatro tivemos que abandonar a sala.
Foi ele também o responsável por um momento “meu mundo caiu” ao telefone, quando soube do suicídio.
Pegador sem fazer força, campeão de vendas de loja moderninhas de roupas só vendendo pra homens, DJ muito antes disso virar moda, apostador quase compulsivo e criador de máximas, como: “viado não faz 3 coisas: brigar, jogar futebol e dirigir”.
E mais que tudo, uma figura rara, que se empolgava sinceramente com qualquer bobagem que os amigos diziam ou faziam. Acho que isso, e não os cacos e causos, que faz com que a gente até hoje lembre dele com os clichês saudade e carinho.

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